Repressão em Belo Horizonte contra moradores e apoiadores de ocupações urbanas

As ocupações urbanas Dandara, Eliana Silva, Rosa Leão, Esperança, Vitória, Zilah Spósito, Cafezal, Nelson Mandela, Camilo Torres, Irmã Dorothy e Jardim Getsêmani (Belo Horizonte), Guarani Kaiowá (Contagem) e Tomás Balduíno (Ribeirão das Neves) realizam hoje, quarta-feira, dia 2 de julho de 2014, ato político ocupando, simultaneamente, a porta da PBH, a URBEL e o prédio da Advocacia Geral do Estado. O objetivo foi exigir do poder público municipal e estadual o fim dos despejos forçados e o provimento imediato dos serviços urbanos essenciais, tais como saneamento básico e eletricidade em todas as comunidades.

Durante a ocupação na URBEL a polícia atirou balas de borrachas contra os moradores das ocupações e apoiadores em um momento onde ambos tentavam entregar alimentos para moradores que já estavam de jejum forçado dentro da URBEL.
Um apoiador foi preso ao tentar jogar pão para as crianças, e uma apoiadora teve o braço quebrado após levar um golpe de um policial. Após muita pressão popular apenas durante a noite o almoço foi servido apenas para as crianças, pela grade da portaria, e os policiais vigiando para que elas não passassem o marmitex para os outros.

No dia 4 de Julho, após 8hrs de reunião com o presidente da URBEL, o juiz da 1° Vara da Fazenda Municipal, Nagib Abraão lavrou em ata uma reunião marcada para o dia 10 de Julhi, com a Superintendência de Desenvolvimento da Capital ( SUDECAP), Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano ( SMAPU) e a Secretaria Adjunta de Regulação Urbana ( SMARU), como condição para a saída das famílias da URBEL.

As famílias desocuparam a URBEL, portanto outras famílias permanecem acampadas na Avenida Afonso Pena na porta da prefeitura de Belo Horizonte.