Observatório do Patrimônio Cultural no Sudeste em defesa do Serro
Para fortalecer a luta em defesa do Serro como território livre de mineração, o Observatório do Patrimônio Cultural no Sudeste, coordenado pela Profa. Regina Abreu, da UniRio, reuniu links de pesquisas e documentos audiovisuais sobre os patrimônios culturais desta jóia patrimonial de Minas.
O Serro foi o primeiro município brasileiro a ter seu conjunto histórico e arquitetônico tombado pelo SPHAN em 1938. Suas igrejas guardam importantes obras sacras do barroco mineiro.
É também um território com valiosos sítios arqueólogicos e pinturas rupestres dos povos originários do Ivituruy.
Com seis comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Cultural Palmares e outras oito em processo de reconhecimento, o Serro resguarda memórias subterrâneas de uma África diaspórica em Minas Gerais, que envolvem conhecimentos ancestrais, modos de vida tradicionais, sistemas agroalimentares e culinários, celebrações e devoções, além dos falares em língua africana ritual que se perpetuam nos cantos vissungos.
Praticamente todos os bens imateriais registrados ou em processo de registro em Minas Gerais têm raízes salvaguardas no Serro. Em âmbito federal, o queijo minas artesanal, a capoeira, o congado e as festas do Rosário, os toques de sino e os ofícios de sineiro, as quitandas e a capoeira. Em âmbito estadual, também o queijo do Serro, as folias de Reis e a cozinha mineira.
Todos estes conhecimentos, patrimônios e modos de vida estão sob risco de grandes projetos minerários predatórios.
Conheça mais sobre estes patrimônios e apoie essa luta!